terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Numa madrugada de tempestades inter e exteriores...


sinto-me chuva a cair lá fora
neste instante em que o mundo jaz
sinto um frio que demora
uma dor constante que a chuva me traz

permaneço escondida
à chuva abrigada
uma alma perdida
num mar ancorada

sou alma perpétua
da chuva constante
sinto ardor do corpo
na minha viagem errante

permaneço escondida
à chuva abrigada
uma alma perdida
num mar ancorada

numa tempestade crua
que o corpo quer curar
a mente sente-se nua
sem medo de provar
e tenta, num esforço em vão
sair do naufragar
mas o mar é forte
difícil de conquistar

e permaneço escondida
à chuva abrigada
uma alma perdida
num mar ancorada

Sou chuva, alma errante